Effatha Agro usa frequências emitidas por satélites para ajustar partículas de nutrientes do solo ou acelerar a evaporação da água.
Segundo Marcelo Leonessa, CEO da Effatha Agro, a empresa consegue ativar a secagem de grãos no campo ou em silos. “Nosso algoritmo calcula uma sequência de frequências que afasta ou aproxima os átomos. Ela pode ser usada para a nutrição das plantas, mas também para acelerar a evaporação de água. Isso deixa a secagem mais rápida”, diz.
Além desse novo uso, a companhia começou a oferecer uma solução para pecuaristas, que permite melhorar a qualidade da grama e da silagem que o gado consome. “Em vegetações rasteiras, a massa verde cresce até 40%, mas a média fica entre 20% e 25%”, afirma Luzo Dantas Júnior, que, ao lado de Rodrigo Lovato, fundou a empresa.
Até esta safra 2023/24, a Effatha vendia aos produtores diretamente ou por meio de representantes. Agora, ela terá parcerias com revendas e cooperativas. Com isso, a empresa projeta que seu faturamento vai crescer 30% neste ciclo, para R$ 20 milhões.
A companhia também já deu seus primeiros passos no mercado externo: ela tem hoje clientes em 11 países. “Ainda não temos como dar um bom suporte em outras regiões, por isso começamos aos poucos, mas a tendência é de crescimento”, afirma Dantas Júnior.
A ideia de criar a empresa surgiu no início dos anos 2000, quando o empresário, que sempre atuou com tecnologia da informação, assistiu a um vídeo na internet que mostrava o uso de diferentes frequências de som no rearranjo de areia em uma placa de alumínio. Em 2007, ele registrou sua primeira experiência de laboratório bem-sucedida na área agrícola e, sete anos depois, criou uma solução. Rodrigo Lovato, veterinário de formação, juntou-se ao negócio em 2017.
No modelo de negócios da Effatha, o produtor paga um valor cheio por hectare em 30 de abril e 30 de agosto, para aproveitar as duas principais safras de grãos do país. Também é possível pagar antecipadamente com desconto. Além disso, nesta temporada, a companhia começará operações de barter (troca de insumos pela entrega de produtos agrícolas no futuro) com revendas e cooperativas, recebendo grãos como meio de pagamento. No caso de pastos e florestas, o pagamento pode ser por assinatura anual.
Fonte: Globo Rural